terça-feira, 6 de maio de 2014

Quando estamos juntos


Acredite em mim, quando eu digo que esquecer o que aconteceu não estava dentro dos meus planos. Ainda assim, estou satisfeito com o mistério que insiste em te cercar desde então. Tento lembrar como me aproximei, se te peguei pela mão, ou falei coisas bonitas, mas tudo parece nada mais que um sonho bom e até a parte nebulosa das memórias, parece muito com um daqueles em que você apareceu tantas vezes antes.
Mas dessa vez, não. Era real, bem melhor... É louco o efeito da tua presença, foi assim também da primeira vez em que te vi. Você ali, toda miúda, meio tímida, cabelos brilhando ao sol, me sorrindo de canto. Já te disseram que você faz bem para os olhos, menina? Dá vontade de te roubar e fugir pra qualquer lugar que você queira...
Não posso dizer que lembro bem da nossa primeira noite, mas sei que no meio daquela loucura toda, eu e você violamos as regras. Beijos intercalados por goles na cerveja recém aberta. Tua mão na minha, tua boca em mim como se eu fosse mais um dos teus cigarros. Teu gosto, de nicotina, desejo, hortelã e pressa. É como se cada curva sua fosse um convite às minhas mãos, que lá deslizavam sem pudor. Tudo em você parece ter sido feito para fazer um homem como eu se perder. Talvez por isso que seja tão difícil lembrar de como as coisas acontecem quando estamos juntos.

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