quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vivo de sonhar

Explico aqui a razão dos cinco minutos extras que imploro toda manhã.
O porquê de tanto sono, o motivo das minhas noites durarem mais do que deveriam.
São estes sonhos que venho tendo.
Que me dão a chance de viver momentos perdidos.
Ultimamente eu sonho querendo ver uma vez mais teu rosto.
Nesses sonhos eu nem penso em acordar.
Pelo menos não até que eu forje um toque, um beijo, um cheiro.
Enquanto isso eu adio a manhã. 
Porque a noite me traz você, diminui as distâncias.
Fica aqui, então.
Só agora, só mais cinco minutinhos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O adeus que eu não disse.

Eu precisava vir aqui e te contar que eu nunca soube dizer adeus. Detesto despedidas. Porque o não estar dói mais do que o não ter. E tenho estranhado demais essa ausência tua ao meu redor, mas ainda assim você consegue estar mais presente do que nunca. Nos meus livros, nas músicas, suspiros, filmes, tardes solitárias e outros negócios. Teu rosto não me sai da cabeça, tua voz ainda ecoa em meus ouvidos. Apesar da distância tu ainda me deixas sem graça, logo eu, que sempre me achei tão segura de mim. Volta e meia eu me vejo perguntando porquê. Por qual motivo teria meu corpo adiado essa reação? Porque deixou que eu descobrisse  agora todas as coisas que me ligam mais e mais a ti? Será que tu também sentes assim, guri? Talvez tenha sido por isso que eu evitei o adeus, sabe? De alguma forma eu sabia que eu precisaria te ver de novo. Assusta, o não estar e essa tua ausência berrando todo dia. Eu sei que em breve tu virás e acalmarás tudo. Eu sei, o breve nunca pareceu tão distante.
Eu sei  que mais nada faz sentido,
mas sabia que você me entenderia.