Ele tinha olhos da cor do mais puro oceano, que me convidavam a mergulhar. Eu arrisquei molhar
um pé para ver se o mar frio me esperava, mas me surpreendi com o calor das mãos, dos abraços, da voz e das palavras. Que como a correnteza me levavam cada vez mais para o fundo. Onde eu me vi, tão imersa em um oceano desconhecido, num mundo que não era o meu mas que me prometeu que seria, se eu arriscasse mergulhar.
Hoje meus olhos se afogam num mar de lembranças
e eu me culpo por não saber nadar.