quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não sei nadar nesse mar de afeto

Ele tinha olhos da cor do mais puro oceano, que me convidavam a mergulhar. Eu arrisquei molhar um pé para ver se o mar frio me esperava, mas me surpreendi com o calor das mãos, dos abraços, da voz e das palavras. Que como a correnteza me levavam cada vez mais para o fundo. Onde eu me vi, tão imersa em um oceano desconhecido, num mundo que não era o meu mas que me prometeu que seria, se eu arriscasse mergulhar.


Hoje meus olhos se afogam num mar de lembranças
e eu me culpo por não saber nadar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cor-de-vida


Ele é um desses caras que de longe se vê que está precisando de amor.  Confesso, dá até vontade de se aproximar e lhe oferecer, como quem não quer nada um pouquinho de afeto e um tanto de carinho. Ele sempre me passou a imagem de ser um cara desses que faz mal para uma garota como eu, desses que pega o amor, vai embora e faz graça da entrega e da devoção. Agora já não o vejo assim, acho que seus olhos que insistem em ter cores tão lindas, não me deixam duvidar da minha intuição. Mesmo se fossem uma armadilha, esses olhos cor-de-vida, eu não escaparia...
Ah, por quê?

É que eu sempre fui uma dessas meninas
que de longe se vê
que está precisando amar.