terça-feira, 23 de agosto de 2011

Só isso

Por hoje me bastaria teu calor, tua presença, teu abraço, teu piercing no nariz e teu pequeno rabo de cavalo. Me bastaria um elogio, tua pele bronzeada e os olhos penetrantes. O arranhar da tua barba, a cócega dos teus beijos. Me bastaria um canto, qualquer que fosse, desde que fosse contigo. Onde eu não teria de pensar no depois e pudesse viver o agora. Porque nosso tempo parece curto demais e a distância infinita. É por isso que hoje me bastaria tua voz, teu sotaque, tua respiração pesada em meu ouvido. Me bastaria ficar ali, estática sentindo teu cheiro e aproveitando cada minuto. Me basta apenas que você seja essa fuga da realidade que insiste em me fazer tão bem.

domingo, 21 de agosto de 2011

Essa manhã eu acordei meio extremista.
Bagagem trazida dos acontecimentos da noite passada.
A vontade é de te pegar pela camisa e gritar bem na cara.
Que eu ando meio cansada e a culpa é tua.
Eu estou exausta e sem tempo pra esses teus joguinhos.
Tem tanta vida me esperando lá ou logo ali.
Tanta gente me prometendo amor por aí.
Mas antes de eu decidir eu quero que você se decida.
É a tua palavra que vai me deixar partir.
Me ame ou me deixe ir.

sábado, 13 de agosto de 2011

Morena Marina

Sem dificuldade alguma ainda consigo lembrar daquele sorriso, a pele morena e os cabelos negros emoldurando um rosto tão encantador quanto a personalidade. Quem diria que eu viajaria mil quilômetros e ela tantos mais para que pudéssemos ser amigas? Mal sabia de onde vinha aquela menina a qual fui apresentada numa tumultuada fila de um evento universitário. Obra do acaso ou não, dentre os tantos cantos do país tivemos a sorte de sermos da mesma região e além disso compartilharmos tantas semelhanças, sonhos e um amor pela cidade maravilhosa. Marina que deixa o porto mais alegre, a menina sereia, aquela que vem do mar, do olhar sincero e abraço apertado. Hoje, apesar da distância como um negrinho comemorando seu aniversário, sua maioridade, sua vida, celebrando nosso encontro. A minha sorte grande foi te econtrar, guria. Essa foi sem dúvida, a primeira de muitas aventuras. E nós vamos longe sabe amiga? Assim eu espero. Que hoje (e amanhã e depois) seja um dia lindo, abençoado e cheio de alegrias. Mesmo longe eu não me esqueci de ti e é por isso que meu pensamento, hoje, está aí contigo.
Para a gaúchinha que eu gosto à fú.
Feliz aniversário Marina!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deixa assim

Ele foi assim, entrando na minha vida como quem entra sem bater e eu nem liguei, mas ele foi me cativando, me ganhando, me roubando. Eu tive medo; de sentir todas aquelas coisas de novo, de ter aquele frio na barriga, de conviver com aquela incerteza e decidi que eu ia (pelo menos tentar) fazer tudo diferente dessa vez. Mesmo com medo, eu deixei que esse sentimento nascesse aqui dentro e tratei de separar bastante espaço para que ele pudesse crescer sem me machucar. O carinho cresceu feito maria-sem-vergonha, tomou conta de tudo, de mim. Desde então minha boca já não é mais a mesma sem a dele e a minha pele grita cada vez que ele está perto mas longe. E toda vez que faz frio (e calor) eu sinto vontade dele perto (bem perto), me beijando, misturando seu perfume ao meu, me aninhando em seu colo, me afogando em carinhos. Mas ainda assim eu não chamo de amor e nem acho que seja. Porque eu me lembro de todas as vezes que pensei ser amor e então acabou e doeu e secou. Então deixa assim, sem rótulo, sem nome. Deixa assim minha mão na tua, teu corpo no meu e o afeto em nós.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Adeus você...

Eu dei tchau para o rio, para as casas, para os ipês e para o frio, mas foi de você que eu me despedi hoje. Com dor no coração. Sem saber o que vai ser de mim, de você, de nós. Eu quis te levar comigo, mas o peso era demais pra eu te carregar e eu preciso ser leve para poder voar, sabe bonito? Então eu me despeço, por enquanto, por hoje. Logo a gente se encontra num sonho, em um olhar, numa lembrança ou num riso solitário. A gente nunca foi muito de planejar nossos encontros, até quando a saudade apertava e o desejo chegava a doer. Nós vamos sobreviver, mesmo que doa tanto que seja difícil de respirar, doa tanto que nos encontraremos em outros corpos e a saudade aperte até o coração parar. Porque eu volto logo e aí tudo volta ao seu lugar. Então amigo, deixa doer. Que é pra você sentir o mesmo que eu senti no instante que me despedi de você e fazer valer essa minha pressa de voltar.


Na fria manhã do dia cinco de julho eu me despedi.