sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O adeus que eu não disse.

Eu precisava vir aqui e te contar que eu nunca soube dizer adeus. Detesto despedidas. Porque o não estar dói mais do que o não ter. E tenho estranhado demais essa ausência tua ao meu redor, mas ainda assim você consegue estar mais presente do que nunca. Nos meus livros, nas músicas, suspiros, filmes, tardes solitárias e outros negócios. Teu rosto não me sai da cabeça, tua voz ainda ecoa em meus ouvidos. Apesar da distância tu ainda me deixas sem graça, logo eu, que sempre me achei tão segura de mim. Volta e meia eu me vejo perguntando porquê. Por qual motivo teria meu corpo adiado essa reação? Porque deixou que eu descobrisse  agora todas as coisas que me ligam mais e mais a ti? Será que tu também sentes assim, guri? Talvez tenha sido por isso que eu evitei o adeus, sabe? De alguma forma eu sabia que eu precisaria te ver de novo. Assusta, o não estar e essa tua ausência berrando todo dia. Eu sei que em breve tu virás e acalmarás tudo. Eu sei, o breve nunca pareceu tão distante.
Eu sei  que mais nada faz sentido,
mas sabia que você me entenderia.

Um comentário:

Shuzy disse...

'Ter' e ao mesmo tempo 'não estar' é triste...

Sabe, as tuas saudades traduzem tão bem as minhas. Obrigada pelas palavras sempre tão lindas que reviram o sentir.

Adoro aqui!

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