quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Monólogo

Piledriver Waltz by Alex Turner on Grooveshark

Parte I

Eu falo besteira pra disfarçar. Sabe? Quando eu fico nervosa, ansiosa, envergonhada. Eu falo besteira porque é tudo o que eu consigo pensar. Às vezes funciona e parece até uma graça pensada, frase feita. Significa que ainda me restaram alguns neurônios sem vergonha, mas desde que eu conheci esse cara eu ando um tanto quando comovida, introvertida e sem foco. Fazendo elogios e brincadeiras sobre coisas que eu não tinha costume. Ficando sem graça com certa frequência e eu não costumava ser assim.

Parte II
Constantemente eu me arrependo, dos carinhos que entrego sem pensar. Me questiono se 'tá certo, eu aqui me parafraseando, num monólogo infinito; enquanto ele fica lá, se revesando entre risadas e respostas monossilábicas. Eu já nem sei mais se faz sentido, explicar o que se passa aqui; sendo que eu não faço a menor ideia do que se passa ali dentro dele. Então eu me desaponto e choro sozinha mais uma vez. Mesmo sabendo que a culpa é toda minha e dessa confusão que eu virei depois de conhecê-lo.

Parte III
Eu fico insegura, mesmo com a cabeça dele pesando no meu colo, os olhos semicerrados como quem está quase dormindo sem resistir aos cafunés. Até quando ele me abraça sabendo da minha alergia à despedidas e pede pra eu me cuidar.  Mesmo com meu mindinho pegando o dele num gesto precipitado de afeto e principalmente quando ele me olha com aquele jeito "decifra-me ou devoro-te".

Parte Final

Na presença dele eu não sei a coisa certa a dizer, fazer e pensar. Mas com ele perto eu me sinto melhor, apesar de toda a insegurança, eu me sinto completa.

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