domingo, 6 de janeiro de 2013

Sozinha

Acendo outro cigarro numa dessas madrugadas solitárias, mas eu só preciso de mais uma tragada. O fogo me consome e me transforma em cinzas de alguém que eu nunca quis ser. Me afastando de um amor que eu nunca quis merecer.
Eu brinco com a fumaça como aquele que me espalhou por aí, soprando minhas cinzas ao vento. Como se a história de fazer as coisas que amamos livres fosse verdade. Às vezes, tanta liberdade pode sufocar. Às vezes, tanto amor pode assustar.
Enquanto o cigarro diminui, mil coisas se passam pela minha cabeça. Quando eu fico sozinha eu penso demais e penso em você. Me dá raiva, de ti, de mim, de te amar.

É, uma tragada foi pouco.