terça-feira, 20 de março de 2012

A janela da fala

Março veio e minhas palavras foram tão poucas, tão roucas, tão tímidas. Eu esperava saber o que dizer, quando dizer. No fundo eu sempre achei que você soubesse, meu bem, o quanto eu gosto de você. Soubesse da importância de cada sonho, de cada palavra e também do peso de cada ausência sua. É difícil conter o saudosismo quando eu me abro assim e viro verbo e sentir e linhas tão cheias de sinceridades escritas especialmente para você. Hoje no lugar onde tua janela costuma ficar, existe um buraco quando você não está. Moldura sem quadro, arco sem porta e todas aquelas coisas que sozinhas não fazem sentido. Sozinha eu não faço sentido. Prefiro (contigo) as implicâncias, as graças e os nossos desajeitados diálogos ou silêncios nada constrangedores. Silêncios que dizem o que eu cansei de dizer e também tudo aquilo que não precisa mais ser dito. Mês que vem, talvez eu fale do tamanho do sentir. Porque as semanas se passaram e eu nem pude te contar de como eu sinto falta dos teus braços que se encaixam perfeitamente aos meus, dos teus beijos que tem gosto de paraíso e do teu riso que intensifica e completa o meu.

Mês que vem talvez eu fale... É, talvez ...

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