terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

História de verão, mas na verdade não.

Eu soube, assim que ele me puxou para o abraço (um abraço que preenchia qualquer vazio que pudesse existir entre nós). Assim que senti seu coração batendo forte e sincronizado com o meu. Ele pediu que eu me acalmasse, tentando disfarçar o próprio nervosismo. Eu sabia e ele sabia que eu tinha conhecimento disso. Ele sabia que não era só um abraço, mas sim um laço que eu insistia em apertar (Ele sempre sabia tudo. Sabia antes mesmo que eu pudesse entender. Sabia por saber. Sabia por que era óbvio demais). A pressa da boca dele na minha foi tanta que lhe roubei um beijo tímido - esquecendo de toda aquela gente ao nosso redor - e ele o retribuiu. Confirmando todas as minhas suspeitas do efeito do afeto, dos abraços, de seu olhar e dos lábios (um conjunto incrível! Como se as ações transformassem tudo em resto e o resto ficasse fora do nosso alcance). Um temporal de emoções, uma vontade de chorar, de gritar e de rir - tudo ao mesmo tempo. Sendo quem sou, eu ri da barriga encostada na minha, do bigode varrendo minha face e da mania que ele tem de me ler sem me deixar dizer uma só palavra. Mas meu riso só fica completo mesmo, quando ele ri comigo, de mim e por mim. Quando ele me chama de pipoca e diz que não consegue me ver murchinha (e esse é só um dos tantos fofos apelidos). E ri da minha manha, das batidinhas frenéticas dos meus pés no chão, dos meus olhares perdidos ao relógio e das minhas tentativas frustradas de fazer drama (e ri também das manias que adquiriu estando comigo - as batidas em ritmo dos dedos da mão na mesa, o jeito desajeitado de mexer no cabelo, a careta aprimorada de ciúme escancarado). E me chama de So e faz a So-rir, até a bochecha doer e as lágrimas escorrerem. Ele faz minha felicidade transbordar e a transforma em riso e texto e melodia; e nos braços dele eu me permiti ser menina, mulher, pequena e ainda tão grande quanto o tamanho do desejo (Me permiti ser alguém que ninguém mais conhecia. Alguém de corpo, de alma. Alguém que eu só era entre as quatro paredes do meu quarto). São pequenas coisas, assim, que me fazem querer ele tão perto. Que me dão coragem, vontade e ânimo pra seguir a minha vida aqui enquanto o destino decide por nos juntar ou deixar como está. Ele me faz acreditar em todo aquele papo (que eu já não mais acreditava) de gostar de alguém por quem sou quando estamos juntos. Porque quando estou com ele eu sou melhor, sou mais sincera, mais espontânea, mais amável, mais humana, mais e mais dele. Já nem consigo disfarçar o sorriso que minha alma dá toda vez que ele vem e se faz presença e brisa e refresco, no meio de todo esse verão (canção, ação, sorrisão, beijão, paixão). Que digo agora: será pra sempre nosso.



Doces palavras escritas junto 
com minha querida amiga 
Andréia Breiter.
Você pode ler o blog dela aqui.

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