segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Para um amor de amigo

Esse charme do jogo da conquista me causa certa inquietação. Um arrepio antes mesmo do toque, o sorriso apenas numa troca de olhares e um suspiro em pensar no que está por vir. Aprecio numa intensidade louca quando ele me paga nos braços, ainda que de forma cautelosa para que eu não me sinta invadida. Me delicio ao ouvir ele falando meu nome ou substituindo-o por um apelido carinhoso. É que a voz dele assume um tom único quando direcionada para mim, assim como seus olhos ficam ainda mais encantadores. E eu nem me esforço para ter dele atenção, porque ele já é atencioso em sua essência. Até mesmo quando interrompe uma conversa se mostrando um pouquinho ciumento. O que espantosamente, me agrada; assim como as muitas semelhanças. Sem falar das sutis gentilezas que eu finjo não perceber, mas que por dentro alegram meu dia. Foi então que da paixão descobri que o começo é minha parte favorita. Quando a gente gosta, é amigo, quer bem e não sabe a hora de dar o próximo passo. Quase como se um beijo não fosse tão importante. Quase como se um beijo pudesse estragar tudo. Coisa que eu vou confessar, duvido muito que tenha como estragar.
Porque estamos redefinindo o amor, a amizade
e o que quer que exista entre eles.

Um comentário:

Andreia Breiter disse...

"Quase como se um beijo não fosse tão importante. Quase como se um beijo pudesse estragar tudo"

Falou tudo e definiu o que eu estou passando, ai. É como um amigo meu me disse uma vez 'pra você um te amo faria muito sentido'.