sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Quase

Eu quase coube no teu colo e teu cheiro me trouxe paz. Até me deixei pensar a que futuro aquele recorte de tempo nos levaria. Eu vivo nos quase, mas dessa vez... eu fui. Eu fui e nem pensei. Se eu soubesse que tinha espaço para aquilo que eu queria no teu querer, mas... se já passou, ficou pra trás também o que poderia ter sido. Por enquanto, lateja o desejo em sincronia com o tiquetaquear do relógio. Eu quero mais, mas quando vou poder? Eu quero mas talvez eu fuja, com a cabeça afogada em lençóis limpos, cúmplices do impulso. Eu que sou grande, me vejo pequena, diminuída pelas projeções de mim. Dessa vez não tem conserto que não o tempo e o jeito é latejar até ele passe.

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