quinta-feira, 2 de maio de 2013

Nós



A verdade é que sim, a gente se diverte nesse nosso estranho gostar. Tu me ensina como ser mais leve, enquanto se acostuma com meu jeitinho manhoso de conseguir as coisas. As nossas vidas seguem, paralelamente e sem interferências. Nem sempre a gente se entende, mas brigar, nunca. O maior tempo que passamos sem nos falar, foi porque não havia nada a ser dito, sem sequer um desentendimento pra culpar.
 
Nos raros momentos em que a gente se vê (se toca e se sente), eu sinto certezas, assumo verdades absolutas e pago o preço por brincar com o destino. É tão pura a felicidade do sorriso que tu gera em mim. É tão melodioso o som do teu gargalhar misturado ao meu, ritmado pelos nossos corações tão jovens nessa coisa de estar junto, com a coragem de se entregar por completo quando o nós é presença.
 
Tu és meu, assim como sou tua; embora nada nunca tenha sido dito. Tu és meu olhar mais apaixonado, as minhas melhores lembranças, meu melhor amigo, minhas mais sinceras risadas, meu amor de verão, meu sonho adolescente, minha lágrima de saudade, minha boca torcida por teimosia, meu pé batendo impaciente.
 
Somos assim, tudo e nada, nunca e sempre, antes e agora. É confuso, mas se não fosse nem teria sentido. Talvez seja amor, mas não desses de amantes cheios de para sempre e promessas sem pé nem cabeça. É mais do tipo, te quero bem mesmo que não seja do meu lado, mesmo que não seja na minha cama, mesmo que seja até amanhã, mesmo que seja amizade, mesmo que seja só mais um negócio. 

Um comentário:

carol disse...

que bonito, Sophi! :') devia ter lido o texto ANTES de chutar uma "música fofa", como tu pediu!
agora que li me lembrei de uma bem velha, mas que acho que combinaria mais http://www.youtube.com/watch?v=_oLVB5k3z_M

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